sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Acorrentado Como Escravo

Quando eu era criança
Me contaram que algum dia eu cresceria
E haveria de encontrar, então
Aquela princesa dos contos de fadas.

Procurei. Procurei nos filmes e livros.
Procurei desvendar os mistérios dos contos,
E não encontrei.

Viajei o mundo, mares e oceanos...
Busquei por todos os continentes,
Bosques cerrados e matas inexploradas,
Naveguei rios e mergulhei nos lagos,
Escalei montanhas e revirei cidades inteiras.
E ainda assim não podia encontra-la.

Mas eu sabia que não podia desistir,
Porque eu meus sonhos eu podia sentir.
Em meus sonhos podia imaginar,
E acreditava que minha vida podia sonhar.

Passado tempos, quando pude,
Finalmente desvinculava minhas raízes,
Deixei aquele lugar que pisava desde criança,
E fui embora, não pra muito longe,
Meu sangue, minha família,
Continuavam por lá a me dar esperança.

Ainda não tinha desistido de encontrá-la,
Só não estava mais procurando.
Mas então em um belo dia,
Essa princesa com seus truques,
Deixou suas marcas de pisadas,
E emboscou-me entre suas belas palavras.

A partir daquele momento
Não havia mais como fugir,
Muito menos resistir.

Quem diria que os contos de fadas,
Eram mesmo verdadeiros?
Quem diria que magia realmente existe,
E que você teria o dom para tal maravilha?

Encontrei-te esperando-me.
Não muito longe de onde eu costumava viver,
Ah... Lugar de alegria e felicidade,
Lugar de Carnaval para a mocidade.

Então, Princesa,
Não sou um Príncipe encantado,
Sem ter castelo, espada ou um cavalo.
Sou apenas um vassalo,
E do amor um escravo,
Te entrego apenas este pergaminho,
Cheio de palavras escritas com todo carinho.

(LUCAS NICOLÁS WENZEL VALLADARES)

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